sexta-feira, 13 de outubro de 2017

"UBÁ NOTÍCIAS" POSTAGEM Nº 1946 - ANO 7


  Lígia Aroeira
Saiu no "O Globo"
Uma interessante matéria sobre o programa "Voz do Brasil", que vai ao ar em todas as emissoras de rádio, as 19 horas, escrita pelo nosso conterrâneo Célio Campos, foi publicada no jornal "O GLOBO" do dia 7 deste.
Celinho, como é carinhosamente chamado pelos amigos, é professor do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio e um bom analista político.
Vale conferir sua opinião e reflexão sobre o programa, abaixo, no "Espaço Aberto".
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Comemorando Um Ano
A imagem pode conter: 1 pessoa, bebê
Mayra Júnea Emídio com a filha Valentina 
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Elza Marcato

REFLEXÃO
MOTIVAÇÃO
Nunca se falou tanto em MOTIVAÇÃO como atualmente.
Se espalhou também para outros campos:  na família, na educação, no esporte.
Algumas pessoas são entusiasmadas, alegres, e, outras, desanimadas, acomodadas.
Ela faz parte da natureza humana. Nascemos motivados; mas com o passar do tempo, vamos aprendendo a abafá-la, a negá-la.
Ela vem de dentro; do nosso interno. Se está adormecida, temos de despertá-la.
A ideia difundida de que alguém pode nos fazer feliz, ou que podemos fazer o outro feliz, é falsa.
Cada um é responsável pela própria vida, pela forma como vemos o mundo e pelo grau de energia com que vivemos.
Somente eu posso me fazer feliz.
A origem da palavra motivação vem de Motivo; o que nos leva a agir.
O compromisso e a determinação interna nos tiram da fantasia e nos fazem enfrentar as adversidades.
Passar por esta vida sem vitalidade é perder tempo em usufruir a experiência humana.
Fonte:  Adaptação do texto do Professor Antônio Roberto.
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A Hora da Monotonia
Espaço da ‘Voz do Brasil’ poderia ser aproveitado com entretenimento e serviço, especialmente para ouvintes que estão voltando do trabalho para casa, engarrafados no trânsito
Os mais antigos certamente se lembram do
Projeto Minerva, um programa educativo, criado
no período militar e que era veiculado obrigatoriamente todos os dias por duas horas nas rádios brasileiras. Era um período em que o sistema de transmissão AM (amplitude modulada) tinha ondas curtas e tropicais, algo impensável nos dias de hoje tão high tech. O projeto foi criado nos anos 70 como uma espécie de ensino à distância, cujo objetivo era solucionar os problemas educacionais com a implantação de uma cadeia de rádio e televisão educativa para a massa, utilizando métodos e instrumentos não convencionais.

Não poderia mesmo dar certo. O fim do Projeto Minerva se deu no início dos anos 90, graças à ajuda da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), fundada em novembro de 1962 e criada pelo setor privado para defender os interesses das empresas de radiodifusão do Brasil. Aliás, sua fundação se deu no mesmo ano de aprovação do Código Brasileiro de Telecomunicações, sob a liderança dos Diários Associados.

Com a disputa de liderança, houve um acirramento entre as emissoras em busca de posições no mercado. Diante desse quadro competitivo, embates entre elas levaram a cisões e criação de outras entidades representativas do setor, fazendo com que se desfiliassem da associação.

Enfim, o Projeto Minerva teve suas duas horas diluídas e acabou se desgastando naturalmente. Apesar disso, não se discute o seu caráter educativo, mas sim a obrigatoriedade de divulgação, o que lhe tira o mérito e lhe empresta um ranço de autoritarismo.

Uma outra aberração é a “Voz do Brasil”, criada em 1935 como “Hora do Brasil”. Trata-se de um programa que ocupa um espaço em horário nobilíssimo — das 19h às 20h — nas duas frequências (AM e FM). Um horário que poderia ser aproveitado com prestação de serviço e entretenimento, especialmente para os ouvintes que estão voltando do trabalho para as suas casas, engarrafados no trânsito caótico das grandes cidades. O conteúdo da programação da “Voz do Brasil” só contempla interesses de políticos (da Câmara e do Senado), que detêm grande percentual das emissoras de rádio e TV no país, e o Poder Judiciário, que também é abordado nas veiculações diárias de segunda a sexta, em rede nacional.
Essa obrigatoriedade de veiculação, que muitos acham que vem do governo Vargas, na verdade nasceu no curto período da presidência de Jânio Quadros e poderia muito bem ser revista. É um daqueles resquícios de coronelismo, que só servem para dar espaço e ajudar na reeleição de parlamentares medíocres.
Com uma hora de duração, o programa está no ar há mais de 80 anos. Os primeiros 25 minutos levam aos cidadãos as notícias sobre o Poder Executivo. Os 35 minutos restantes são divididos e de responsabilidade dos poderes Judiciário e Legislativo.

Houve alguns projetos engavetados em Brasília para uma veiculação alternativa com a diluição desses 60 minutos da “Voz do Brasil” ao longo da programação. Faltaram apoio e vontade política dos deputados para levar a ideia adiante. Recentemente, a então presidente Dilma Rousseff flexibilizou a retransmissão durante a Copa do Mundo no Brasil, quando as rádios puderam veicular a gravação entre 19h e 22h. Durou apenas um mês, por meio de uma medida provisória. Depois, tudo voltou ao normal, ou seja, o cumprimento rígido da transmissão das 19h às 20h.

Pouco se fala nesse assunto, mas, em 2012, o Supremo Tribunal Federal julgou um recurso da União que contestava decisão do Tribunal Regional Federal da Quarta Região que permitiu a uma emissora (FM Independência) transmitir a Voz do Brasil em horário alternativo. A rádio também entrou com um recurso no STF, alegando violação do artigo 220, que prevê que a “manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição”. O recurso da emissora foi negado e a decisão do TRF-4, reformada pelo ministro Dias Toffoli, que a derrubou.

Não seria a hora de os políticos repensarem esse modelo arcaico e se conscientizarem de que o noticiário pode alcançar o público por seus próprios méritos, e não pela obrigatoriedade, como é o caso?
As emissoras hoje passam por dificuldades financeiras, o que afeta diretamente o mercado e a contratação de jornalistas que estão saindo das universidades em busca de emprego. Entre 19h e 20h, há uma queda de audiência que leva à queda de receita. Rádio vive de publicidade e da confiança dos ouvintes e internautas. Além do mais, poderíamos ter uma programação bem mais interessante, especialmente pelas emissoras que transmitem no sistema all news, com um noticiário bem mais dinâmico e em rede, sem aquela senha para a monotonia nos lembrando que em Brasília são 19 horas.
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