sábado, 23 de maio de 2015

"UBÁ NOTÍCIAS" POSTAGEM Nº1353 - ANO 5

         
                         



Lígia Aroeira Ferreira


FIQUE POR DENTRO

NASCEU CAUÃ
Este lindo bebê é filho de Marselle e Guilherme Géo.
Os avós maternos são nossos queridos amigos José Geraldo Teixeira Gomes e Rosângela Barletta Gomes.
Parabéns a toda família e muita felicidade para o Cauã.



Elza Marcato



EM DIA COM A NOTÍCIA

Lei da ACESSIBILIDADE
A Lei n° 10.098, de Dezembro de 2000, mais conhecida como Lei da Acessibilidade, busca estabelecer em seu artigo 1°, as normas gerais e os critérios básicos para promover a acessibilidade de todas as pessoas portadoras de deficiência ou que apresentam mobilidade reduzida, indiferente de qual seja esta deficiência (visual, locomotora, auditiva e etc.), através da eliminação dos obstáculos e barreiras existentes nas vias públicas, na reforma e construção de edificações, no mobiliário urbano e ainda nos meios de comunicação e transporte.
Com a finalidade de que a Lei seja atendida, o Vereador Rafael Faêda (PP) apresentou a Indicação 100/15, na qual solicita ao setor competente da prefeitura que seja instalado um corrimão na rampa do primeiro andar da capela municipal.
De acordo com o legislador, “há a queixa de muitos frequentadores da capela municipal, que ao se despedir de seus entes queridos, têm grande dificuldade de acesso, devido à ausência de um corrimão”. A proposição foi aprovada por unanimidade dos Vereadores.


Mais informações disponíveis no site www.camarauba.mg.gov.br ou pelas redes sociais (www.facebook.com/camaramunicipaldeuba ou @camara_uba).



Márcia Aroeira Barbosa



FOTOS E FATOS


NO TABAJARA

Marcirni Silveira jorge e Aparecida Camilôtto Rocha
                           ESPAÇO ABERTO
É como um sonho encantado
que não termina jamais:
Ubá meu berço incrustado
dentro de Minas Gerais.
                                       Olympio Coutinho
__________________________________________________________________________
Este blog é para integração dos ubaenses. Mande suas notícias, fotos, mensagens...
Email: ubanoticias@gmail.com
___________________________________________________________________ HISHISTÓRIAS DE UBÁ - Pescaria
Rona Mazza
     “Bar do Lúa”, o bar do senhor Luiz Gazolla, ali no jardim, ao lado do Buchante e da Drogaria Santa Rita. Fim de tarde, após exaustivos expedientes no Ginásio e na Rádio Ubaense, nosso inesquecível Kanif encostado no alto balcão/sorveteria degustava sua habitual dose de “traçado” antes de tomar o rumo de casa e dedilhar sua Remington para dar tratos à bola e editar mais um número de “O Kanivete”, que devido, como sempre, à pouca disponibilidade financeira, ainda não havia chegado ao prelo e a solução era a de sempre: coragem. E muita determinação, que não faltava ao jornalista para botar “O Mais Procurado” nas bancas e até no Palácio da rainha da Inglaterra ou na mesa de JK, que Kanif tratava intimamente como Juça. Alta autoridade ou o mais humilde cidadão recebiam tratamento idêntico: “não devo nada a eles...”, dizia o saudoso amigo.
     Como num passe de mágica chega a famosa turma de pescadores: Juracy do bar Municipal, Leão Branco (*), Leão Preto, Rádio Tupy, Celmy Boca Doce, Galo Cego, Rubens Coêi e  Cabo Borracha munida de todos os apetrechos possíveis para uma boa pescaria. O resultado da empreitada, já se sabia: tira-gosto pra boas rodadas de Vascaína ou Orientina, as mais consumidas da época e fabricadas por aqui mesmo, assim como o vinho “Vênus”... quem tomou porre deste produto sabe os bons resultados apresentados, sem cerimônia, na manhã seguinte. Tentativa de cortar os pulsos era o pensamento inicial, tamanha a dor de cabeça que nenhum Melhoral resolvia. Uma lástima.
     Esta turma passou no Bar do Lúa para tomar a derradeira e levar mais alguns exemplares para a beira do rio. O destino era o ainda virgem bairro Jardim Glória, onde iriam à cata de acarás e bagres. Lembrando que naquela época o nosso rio Ubá não vivia empazinado de esgoto e em suas margens, ainda intactas, árvores gigantescas tomavam conta do pedaço. Um Jequitibá enorme e orgulhoso,  que vicejava nos fundos do quintal do dr. Rezende, lado oposto de onde se encontra o Vieirão, exigia os braços de uns 5 meninos para envolver seu tronco.
     O Campo do Ubaense Futebol Clube (verso do hino: “Ubaense estás coberto de glórias e o seu nome já ficou na história...”) ainda em obras, recebendo os primeiros tapumes de madeira – iniciativa dos irmãos Elias e Abib Mauad -  e a ponte ainda era aquela precária, de madeira. Ali o rio formava um remanso, tinha o que os pescadores chamavam de poço e aqueles que se aventurassem num mergulho mais ousado, poderiam recolher belos cascudos nas locas.
     Cascudo com angu, não havia prato melhor...
     Um pouco rio acima ficava a “piscina”, onde hoje está erguido o Tabajara, na antiga fazenda que viria a ser o bairro Jardim Glória, local que Paulo Alvim (Paulo Chapeleta), Nazéias Lauria Zezé Carneiro (Zé Isca) e seus irmãos Paulo, Raul, Coronel e Honório e muitos outros elegeram  para seus mergulhos escondidos dos pais. A senha era: “vamos nadar no Rio do Zé Cabido?”
     Outro causo. Anos depois o Campo do Ubaense Futebol Clube foi palco de um espetáculo inusitado. Os alunos do Ginásio Raul Soares - que assim como as meninas do Sacrè-Couer  praticavam o saudável hábito de flertar e trocar juras de amor, toda manhã, no jardim, antes do 
início das aulas e do Nico Peluso convocar a turma através de seu irritante sino -  resolveram matar aula naquela segunda-feira e jogar pelada no estádio em construção. Não foi preciso repetir o convite. Agruparam-se ao lado do Vestiário que servia de moradia do João Sete Léguas, empregado do UFC, tiraram os uniformes e, de cuecas samba-canção  - o único modelo à disposição naquele áureos tempos, formaram os dois times. E a pelada correu solta.
      Alguém dedura na diretoria do ginásio que havia uma “parede” (quando a turma cismava de não ir à aula) e logo o regente Enéas foi escalado e partiu célere para resolver a questão. Aquele era um ato de flagrante desrespeito e um perigoso arranhão na rígida disciplina do Ginásio. O regente, vivo como ele só e conhecedor das manhas dos alunos, desceu até a beirada do rio, antes da velha ponte, caminhou escondido no meio do capim colonião na margem esquerda, chegou ao vestiário, recolheu todos os uniformes e rumou de volta ao Ginásio. Nenhum peladeiro notou sua chegada ou saída. Os pais foram chamados e os uniformes devolvidos.
     Quem tava nessa? Talvez o Pádua, o Oswaldo Pé Grande ou o Olimpinho, que podem enriquecer a história.
      As primeiras casas construídas no novo bairro foram a do professor David Abelha e a do Sidônio, pai da Nádia Micheriff, a eterna. E outros casarões vieram em seguida valorizando aquela parte da cidade, que terminava ao lado do Asilo, num portão de acesso à fazenda do Isaac Cabido (*). A avenida Beira-Rio ainda era um sonho e estamos falando da segunda metade da década de  1950.
      Nesta antiga fazenda funcionava uma máquina de beneficiar arroz e as cascas, sub-produto deste beneficiamento, formavam verdadeiras montanhas que eram um convite irresistível para a 
meninada saltar do barranco. Uma festa. E uma quase tragédia quando a palha foi queimada, formando escondidos braseiros no fundo do monte e um menino queimou-se gravemente. Acho que o Ricardo Carneiro estava lá neste dia.
     De volta ao Kanif saboreando seu traçado (*) e assistindo os preparativos da pescaria.
      Entra um garoto, pede um picolé de coco – parênteses: este picolé e o de abacate eram de sabor inigualável, assim como o sorvete de ameixa do Muniça e o de creme paulista do bar do Ponto. Fecha. Os pescadores, animados, já faziam planos mirabolantes de vender parte dos peixes e investir o resultado em mais algumas garrafas da maldita pinga. E, entre um gole e outro, acordaram que a idéia era excelente: pescar, consumir parte do pescado, vender o excedente e renovar o estoque de pinga. Ótimo negócio. Sem saber estavam, quem sabe, criando a semente do Sebrae, “Pequenas empresas, grandes negócios”, né não?
     Terminada a última rodada de pinga e salame, os pescadores, agora empreendedores, encomendaram mais algumas garrafas para serem sorvidas durante o trabalho debaixo da ponte. “Turma de grandes pescadores,” pensou Kanif com seus botões. Sô Luiz Gazolla, já fechando a conta, serve mais uma para o Jura. Recolhem varas, anzóis, garrafas de pinga e sacolas. Na saída do buteco, Leão Branco, o Lía, com aquela cara de gozador e a dentadura provisória dançando nas bochechas, vira a cabeça e faz o convite pru Kanivete:

- “Ô Kanif, vão pescar?”
- “Não, obrigado. Vou beber aqui mesmo...”


                                   __________________________________________________________________
Como proceder para postar mensagem nos "Comentários" desta página:
-Clicar em "nenhum comentário"
-Clicar em "digite" (escreva na janela aberta)
-Clicar logo abaixo em "comentar como" (aparece várias opções - clicar em "nome/URL")
-Aparece espaço para colocar o nome da pessoa que fez o comentário
___________________________________________________________________


Nenhum comentário:

Postar um comentário